Minha demora com a vida é algo intransigente
Sou parca, semelhante à nudeza da flor
Complacente e recolhida
Contudo, me faço toda a dor de um momento ou outro
Quando julgo necessária a contemplação
Tenho espinhos.
E eles ferem – quase sempre sem querer
Um ou outro pássaro que me beije
Preciso de luz como qualquer outra
Mas é na escuridão que se esconde o meu fascínio
Minhas pétalas pequenas
Transmitem como podem
A imagem do que sou
Mas há dentro de mim algo bem mais precioso
Não o corpo, não o ouro, não – Chamo alma – meu mais perfumado tesouro.
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