domingo, 28 de novembro de 2010

Alma

Enquanto a noite espreitava meu ser
O céu condizia atento ao meu clarão e meu suspiro
Meu corpo se desfalecia a cada palavra
E o arrepio que se findava em mim
Transpunha a imensidão da madrugada

A voz era o sopro
E o sopro me fazia canção o querer e o estar daquela hora
E se eu fosse aquela voz
Eu pairava sobre mim
Como ponto de partida sem chegada

Como água furtiva
Ou sal, essência e vontade – melodia
Alma. Calma. Alma.

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