Penso em Deus como um ser vivente acima de todas as coisas. Ou talvez tenha sido esse o modo de ver que me encobriram na vida. Mas certa de que Ele seja um teor transparente e translúcido eu estou; sem dúvida. Aquela força dita vital que abrange o ser e o estar de qualquer coisa - Fé - talvez. Eu que não sou transparente, tenho tanta dificuldade de assimilar essa luz. Trêmula, ela me golpeia. É feroz o toque maciço em suas veredas, e sua imensidão me faz perpetuar o tormento. Incapacidade absoluta.
E o pecado que é para mim bem menos que o estado do homem, que tanto se assimila a capacidade de transcender força, canção... O homem, esse tal ser também transparente que se reinventa e perpetua tão facilmente! O homem das feridas, todas tão capazes, e avassaladoras. E se reinventa e tanto aparenta com esse Deus.
Meu texto neste instante se desfragmenta. É que, minha razão hoje, por falta do que sentir, está abalada. E a caligrafia arrastada é apenas voz de ligação entre a corrente ingênua que paira como névoa branda, envolvendo meu pesar.
Justo hoje, que parei para pensar no pecado e seu Deus. Logo hoje que proclamei minha verdade insana e à parte dessa crença que confunde e abala. Justo hoje. Mas que confusão!